Alegorias do regime autoritário:

o cinema infantil da Abertura Política (1974-1985)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46391/ALCEU.v22.ed47.2022.74

Palavras-chave:

cinema brasileiro, Ditadura civil-militar, Abertura Política, Cinema infantil, Alegorias

Resumo

 Este artigo pretende refletir sobre a presença de conteúdos alegóricos, satíricos e metafóricos de natureza política, no cinema destinado ao público infantil realizado durante o regime militar brasileiro – especificamente, nos anos da Abertura Política (1974-1985). Parte-se do pressuposto de que o recurso alegórico, amplamente presente no cinema brasileiro, atuava como vetor de crítica ao regime, e também estava presente no cinema para crianças. A reflexão ocorre a partir de três filmes: Maneco, o Super Tio (1978), Os Saltimbancos Trapalhões (1981) e Os Paspalhões e o Pinóquio 2000 (1982).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andre de Paula Eduardo, Universidade Anhembi Morumbi

Doutor (2021) em Comunicação Audiovisual pela Universidade Anhembi Morumbi - UAM. Mestre (2013) em Comunicação pela Universidade Estadual Paulista - Unesp. Bacharel em Comunicação Social (Jornalismo) pela Unesp.

Maria Ignes Carlos Magno, Universidade Anhembi Morumbi-SP

Doutora em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi.

Felipe Abramovictz, Universidade Anhembi Morumbi-SP

Doutorando em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mestre em Comunicação pela Universidade Anhembi Morumbi (UAM/SP) e bacharel em Comunicação e Multimeios pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP).

Referências

BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento. São Paulo: Hucitec; Annablume, 2002.

BAZALGETTE, Cary; STAPLES, Terry. Unshrinking the kids: Children's Cinema and the Family Film. In: In front of the children: screen entertainment and young audiences(org. BAZALGETTE, C. & BUCKINGHAM, D.). Londres: British Film Institute, 1995.

BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos. O colapso de uma aliança de classes: a burguesia e a crise do autoritarismo tecnocrático. São Paulo: Brasiliense, 1978.

BRUM, Argemiro. O desenvolvimento econômico brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1985.

DAVIS, Shelton. Victims of the miracle: development and the indians of Brazil. Cambridge, UK: Cambridge Universiy Press, 1989.

ECO, Umberto. A obra aberta. São Paulo: Perspectiva, 1988.

FURTADO, Celso. O Brasil pós-“Milagre”. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.

HANSEN, João Adolfo. Alegoria: construção e interpretação da metáfora. São Paulo: Atual, 1986.

KOTHE, Flávio. A alegoria. São Paulo: Ática, 1986.

KOTSCHO, Ricardo. Explode um novo Brasil: diário da campanha das Diretas. São Paulo: Brasiliense, 1984.

KUCINSKI, Bernardo. Abertura, a história de uma crise. São Paulo: Ed. Brasil Debates, 1982.

NETTLESHIP, Richard. Lectures on the Republic of Plato. Londres: MacMillan &Co, Limited; Nova York: The MacMillan Company, 1906.

NOGUEIRA, Luís. Gêneros cinematográficos: manuais de cinema II. Covilhã: LabCom Books, 2010.

RAMOS, Fernão. Cinema marginal (1968/1973): a representação em seu limite. São Paulo: Brasiliense; Embrafilme/ Ministério da Cultura, 1987.

RAMOS, José Mario Ortiz. Cinema, televisão e publicidade: cultura popular de massa no Brasil nos anos 1970-1980. São Paulo: Annablume: 2004.

SHOTAT, Ella; STAM, Robert. Crítica da imagem eurocêntrica: multiculturalismo e representação. São Paulo: Cosac Naify, 2006.

SIQUEIRA, Sérvulo. Imagem hipnótica, universo paralógico. In: Filme Cultura: edição fac-similar 32-42. Rio de Janeiro: Ministério da Cultura, CTAv, 2010.

SUPPIA, Alfredo Luiz Paes de Oliveira. Limite de Alerta! Ficção Científica em Atmosfera Rarefeita: uma introdução ao estudo da FC no cinema brasileiro e em algumas cinematografias off-Hollywood / Tese de Doutorado. Campinas: Unicamp, 2007.

SUPPIA, Alfredo. Ficção científica no cinema brasileiro: que bicho é esse? In: Cinema de bordas (org. LYRA, Bernadette; SANTANA, Gelson). São Paulo: Editora A Lápis, 2006.

XAVIER, Ismail. Cinema brasileiro moderno. São Paulo: Paz e Terra, 2001.

______, Ismail. O momento do golpe, as primeiras reações e o percurso do cinema de oposição no período da ditadura. In: ALONSO, A. e DOHLNIKOFF, M. (orgs). 1964 – do Golpe à Democracia. São Paulo: Hedra, 2015.

______, Ismail. Alegorias do subdesenvolvimento: cinema novo, tropicalismo, cinema marginal. São Paulo: Brasiliense, 1993.

Filmografia

MANECO, O Super Tio. Direção: Flávio Migliaccio. Brasil:Produções Cinematográficas R. F. Farias. Embrafilme – Empresa Brasileira de Filmes S.A.; Flávio Migliaccio Produções Artísticas. 1 cópia (100 min). Cópia digital.

PASPALHÕES e o Pinóquio 2000, Os. Direção: Victor Lima. Brasil: Vydia Produções Cinematográficas; U.C.B Cinematográfica Brasileira S.A.; W.V. Filmes, 1982. 1 cópia (97 min.) Cópia digital.

SALTIMBANCOS Trapalhões, Os. Direção: J. B. Tanko. Brasil: Renato Aragão Produções Artísticas e Empreendimentos Indústria e Comércio Ltda. 1 cópia (100 min.). Cópia digital.

Downloads

Publicado

2022-10-10

Como Citar

de Paula Eduardo, A., Carlos Magno, M. I., & Abramovictz, F. (2022). Alegorias do regime autoritário:: o cinema infantil da Abertura Política (1974-1985). ALCEU, 22(47), 82–101. https://doi.org/10.46391/ALCEU.v22.ed47.2022.74

Edição

Seção

Artigos