Memorabilia de Silvio Tendler
DOI:
https://doi.org/10.46391/ALCEU.v20.ed41.2020.78Palavras-chave:
Silvio TendlerResumo
A primeira parte desta entrevista foi realizada exatamente 40 anos depois do lançamento de Os anos JK - Uma trajetória política (1980), primeiro longa-metragem de Silvio Tendler, que teve recorde de público no gênero documentário, 800 mil espectadores. Há 40 anos, na mesma data, morria a secretária Lyda Monteiro da Silva, vítima de uma carta-bomba que destroçou a sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio de Janeiro. Os assassinos nunca foram encontrados. A coincidência dos fatos levou o Jornal do Brasil a fazer chamada na primeira página recomendando o filme de Tendler como uma lição de História necessária para entender o Brasil. Os dois acontecimentos refletiam a tensão provocada pela transição política que o país vivia. Se muitos viam na cultura, no cinema, papel fundamental para a retomada democrática, outros, os ultraconservadores, inconformados com a perda dos privilégios, preferiam a clandestinidade para disseminar o terror e a insegurança. Com 70 anos, Silvio Tendler compreende que vivemos aos sabores e dissabores das utopias e barbáries. São quase 80 títulos audiovisuais entre longas e curtas-metragens, séries, programas para a TV e a internet, e vídeos-instalações.