Jornalismo no “país da periferia”

noticiabilidade, ambivalência e liminaridade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46391/ALCEU.v17.ed33.2016.151

Palavras-chave:

Jornalismo, Periferia, Noticiabilidade, Ambivalência, Liminaridade

Resumo

A crise da mídia de referência determinou a busca de superação de suas próprias limitações através da tentativa de aproximação do que tem sido definido como público “Classe C”, habitante da periferia metropolitana e provocativamente denominado de “ralé”. Nossa reflexão tenta perceber até que ponto a alteridade está internalizada nas narrativas jornalísticas de televisão que dele buscam aproximar-se ou se, por outra, ela é incorporada ainda de maneira superficial e apenas amparada no apelo de figuras midiáticas que atuam como repórteres. Ao estudar três projetos telejornalísticos distintos – em TV aberta, TV por assinatura e TV web –, indagamos até que nível estão incorporados os valores da identidade social de militantes populares de periferia na construção da identidade discursiva das matérias jornalísticas que protagonizam e que engendram um “jornalismo de periferia”. Nossos resultados apontam que as características noticiosas do entre-lugar engendrado transitam entre a ambivalência e a liminaridade.

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Biografia do Autor

Ada Cristina Machado Silveira, UFSM

Professora Titular da Universidade Federal de Santa Maria. Pesquisador do CNPq. Possui graduação em Comunicação Social Jornalismo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1982), é Magister en Periodisme i Ciències de la Comunicació - Universitat Autònoma de Barcelona (1998), com mestrado em Extensão Rural pela Universidade Federal de Santa Maria (1992), Doctorado en Periodismo - Universitat Autònoma de Barcelona (2000) e com estágio pós-doutoral na Sorbonne III - La Nouvelle (França). Professora visitante na Universidad Nacional de Quilmes (Argentina, 2013) e Universidad Nacional del Este (Paraguai, 2016) Integra o projeto CAPES-STINT 2020-23. Eleita chefe do Departamento de Ciências da Comunicação (2005-2012), atuou como primeira coordenadora na implementação do PPG Comunicação da UFSM (2005-07) e foi coordenadora substituta do PPG Extensão Rural (2003-2005) da mesma instituição. Atua no Mestrado profissional em Comunicação e indústria criativa da Unipampa. Coordenou o convênio CAPES-MINCYT (2013-15) e o Programa Novos Talentos da Capes na UFSM (2011-14). Tem experiência na área de Comunicação Midiática, atuando principalmente nos seguintes temas: mídia e identidade, representações midiáticas, difusão científica e tecnológica, comunicação para o desenvolvimento, políticas de comunicação e jornalismo. Publicou 87 artigos em periódicos especializados e 170 trabalhos em anais de eventos em Português, Espanhol e Inglês. Possui 98 capítulos de livros, 6 livros publicados e organizou 23 obras, ademais de 7 Prefácios ou Apresentações. Possui 4 processos ou técnicas e outros 370 itens de produção técnica. Participou como apresentadora, coordenadora de mesas e/ou convidada em 45 eventos no exterior (EUA, Canadá, Escócia, China, Rússia, Porto Rico, México, Espanha, Portugal, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai) e mais de uma centena no Brasil. Orientou 8 teses de doutorado, 24 dissertações de mestrado e 6 tutorias de pós-doutorado, além de ter orientado 5 monografias de especialização, 39 trabalhos de iniciação científica e 70 trabalhos de conclusão de curso. Recebeu 21 prêmios e/ou homenagens. Entre 1988 e 2019 coordenou/participou de 37 projetos de pesquisa. Atualmente coordena 3 projetos de pesquisa e um de desenvolvimento. Em suas atividades profissionais interagiu com 375 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. Em seu currículo Lattes os termos mais freqüentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: ciências da comunicação, semiótica, discurso, jornalismo, TICs, política de comunicação, representação identitária, terras de fronteira, divulgação científica. Atua como consultora para agências (CNPq, Fapergs, Fapema, Fapeal, Fape e Fapemig), como consultora ad hoc (Ibict, Fapeal, Facepe, Fapego, Fapema), universidades (UFPA, Unopar, UCB, Uniderpe, Univille, Unisinos, Mackenzie, Unicruz, PUCRS, Unipampa, Unijuí, UFJF, UFMS, Uniceub e UFSM) além de organizações não-governamentais, empresas (Editora Abril) e sociedades científicas (SBPC, Alaic, Felafacs e Intercom). É editora do periódico Animus. Revista Interamericana de Comunicação Midiática (Qualis B1). Atua como membro de corpo editorial e revisora de diversos periódicos. Foi Coordenadora do Grupo de Pesquisa de Políticas e Estratégias de Comunicação da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação - INTERCOM (2007-2010). Como pesquisadora, recebe recursos para projetos e bolsas de agências de fomento como CAPES, CNPq, FAPERGS, FINEP e FAO-ONU. Lidera o grupo de pesquisa Comunicação, identidades e fronteiras e participa do grupo de pesquisa Comunicação e desenvolvimento conectado.

Clarissa Schwartz, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Atualmente é doutoranda do PPGCom/UFSM e integra os Grupos de Pesquisa "Comunicação, Identidades e Fronteiras" e "Comunicação Institucional e Organizacional" da mesma instituição.
Possui graduação em Comunicação Social - jornalismo - pela Universidade Federal de Santa Maria (1997), mestrado em Extensão Rural pela Universidade Federal de Santa Maria (2007), doutorado em Extensão Rural pela Universidade Federal de Santa Maria (2012) e pós-doutorado em Comunicação também pela UFSM (2014-2016). 

Isabel Padilha Guimarães, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Possui graduação em Comunicacão Social com habilitação em jornalismo pela PUCRS (1999), Mestrado em Comunicação Social (PUCRS 2004). Doutorado em Comunicação Social (PUCRS 2010) e Pós-doutorado (Bolsista recém-doutora (PNPD e DOCFIX - CAPES / Fapergs) no Programa de Pós-graduação em Comunicação da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria).

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Publicado

10.12.2016

Como Citar

Machado Silveira, A. C., Schwartz, C. ., & Padilha Guimarães, I. . (2016). Jornalismo no “país da periferia”: noticiabilidade, ambivalência e liminaridade. Revista ALCEU, 16(33), 56–72. https://doi.org/10.46391/ALCEU.v17.ed33.2016.151

Edição

Seção

Artigos