Da estética realista ao pós-clássico nos filmes de Cacá Diegues
Bye, Bye Brasil e O grande circo místico
DOI:
https://doi.org/10.46391/ALCEU.v21.ed45.2021.266Palavras-chave:
Realismo, Cinema novo, Pós-clássico, Estética mundializadaResumo
O objetivo deste artigo é traçar uma discussão a partir das escolhas estéticas entre dois filmes do diretor de cinema Cacá Diegues que tematizam o circo. Separados um do outro por 40 anos, as diferenças entre Bye, Bye Brasil (1980) e O grande circo místico (2018) vão além das suas técnicas, mas da forma como o diretor reatualiza seus parâmetros estéticos no cinema. Diegues era um dos cineastas mais atuantes do grupo do Cinema Novo, que tinha um compromisso com o realismo e com uma discussão política e estética do cinema brasileiro.
Em direção oposta, O grande circo místico foge desse realismo. Sua imagem denuncia sua afinidade com uma estética mundializada do cinema, que dialoga com o que Thanouli entende como um cinema pós-clássico. Os filmes revelam a aproximação de Diegues com o poeta Jorge de Lima, na relação de seus respectivos trabalhos com o projeto moderno de suas épocas.
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