De “Holocausto” (1978) a “Chernobyl” (2019)

O que pode o audiovisual face a um passado traumático e a um futuro ameaçado?

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.46391/ALCEU.v21.ed43.2021.221

Palabras clave:

audiovisual, testimonio, políticas de la memoria, pedagogía, imaginación

Resumen

A partir da historia cultural de la repercusión de la serie de televisión "Holocausto" (1978), que redefinió políticas gubernamentales y estableció una centralidad sin precedentes del testimonio en el campo de la cultura, sacudiendo la forma en que se percibía el genocidio judío hasta entonces, el artículo pretende discutir, con una comparación con la serie "Chernobyl" (2019) y otras producciones cinematográficas, lo que puede el audiovisual frente a las diferentes formas de violencia estatal, a un pasado traumático y a un futuro amenazado. Por lo tanto, a través de las contribuciones de la historiadora Annette Wieviorka y del filósofo e historiador de las imágenes Georges Didi-Huberman, así como del pensador de origen indígena Ailton Krenak y de la escritora Svetlana Aleksiévitch, entre otros, exploraremos las relaciones entre políticas de la memoria, pedagogía y imaginación, en un contexto de catástrofes ambientales y pandemias globales.

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Biografía del autor/a

Ilana Feldman, Universidade de São Paulo - USP

Tem pós-doutorado em Meios e Processos Audiovisuais pela ECA-USP, com a pesquisa "Narrar o trauma, escrever o luto e imaginar, apesar de tudo: testemunho e autobiografia entre cinema e literatura" (bolsa PNPD, Capes, 2017-2020), e pós-doutorado em Teoria Literária pelo IEL-UNICAMP, onde desenvolveu a pesquisa "Os diários cinematográficos de David Perlov: do privado ao político" (bolsa FAPESP, 2014-2017). É doutora em Ciências da Comunicação pela ECA-USP, com a tese "Jogos de cena: ensaios sobre o documentário brasileiro contemporâneo" (bolsa Capes, 2008-2012). Durante o doutorado, realizou estágio de pesquisa no Departamento de Filosofia, Artes e Estética da Université Vincennes Saint-Denis Paris 8, França (bolsa PDEE, Capes, 2011). 

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Publicado

2021-05-24

Cómo citar

Feldman, I. (2021). De “Holocausto” (1978) a “Chernobyl” (2019): O que pode o audiovisual face a um passado traumático e a um futuro ameaçado?. Revista ALCEU, 21(43), 24–49. https://doi.org/10.46391/ALCEU.v21.ed43.2021.221

Número

Sección

Dossiê Distopia e narrativas contemporâneas: a difícil arte de imaginar o futuro