Tecnognose
para uma epistemologia da forma
DOI:
https://doi.org/10.46391/ALCEU.v22.ed46.2022.280Palavras-chave:
suportes midiáticos, sentido, Ecologia das mídias, EpistemologiaResumo
O objetivo deste artigo é pensar a epistemologia das mídias como suportes (da cultura, da consciência cognitiva), independentemente do conteúdo que veiculam, partindo de uma abordagem da ecologia das mídias, a fim de identificar as epistemes, os efeitos tecnognósicos, físicos e cognitivos, as grandes mudanças de que são catalisadores, bem como as narrativas que se estabelecem e se constroem entre o ser humano, a sociedade e o universo tecnocientífico. Por suportes midiáticos, devemos entender uma tecnognose à qual um conteúdo particular de sentido aberto a semiose está relacionado. Como todo signo sensível e concreto, os suportes midiáticos oferecem a particularidade de não serem absorvidos em sua materialidade, mas constituem a unidade mediadora entre o que é sensível (materialidade ou o que é concreto) e o que não é. Assim, ao contrário de outros tipos de
epistemologia, a da forma é uma epistemologia do sentido. As mídias, percebidas como formas, possuem intrinsecamente um regime de proposição de sentidos e geram efeitos analisáveis e interpretáveis. Uma espécie de genealogia do saber da mente, em que cada etapa é uma forma e uma modalidade particular do trabalho significante da mente humana.
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