Diáspora, ancestralidade e o legado de Lima Barreto

Imprensa e políticas de esquecimento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46391/ALCEU.v23.ed49.2023.320

Palavras-chave:

Lima Barreto, Raça, Imprensa, Rio de janeiro

Resumo

O artigo procura demonstrar como Lima Barreto destacou em sua obra a questão dos preconceitos a que esteve submetido enquanto viveu, em função de sua condição de raça e classe. Por meio de vestígios da imprensa da época (1910–1922), mostra também como os jornais submeteram o escritor, no período, a uma cruel política de esquecimento e, sobretudo, de desqualificação. Ademais, busca, seguindo a trajetória de vida de Lima Barreto, responder à pergunta: o que era ser um intelectual negro, morador do subúrbio, sem carregar nenhum dos itens da distinção necessária aos letrados do período, há menos de duas décadas do fim da escravidão? O artigo presta ainda uma homenagem ao escritor, pois em 2022 ocorre o centenário de sua morte.

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Biografia do Autor

Marialva Barbosa, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professora Titular de Jornalismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professora titular de jornalismo aposentado da Universidade Federal Fluminense (UFF). Possui graduação em Comunicação Social pela Universidade Federal Fluminense (1976), mestrado em História pela Universidade Federal Fluminense (1992) e doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (1996). Possui pós-doutorado em comunicação(1999) pelo LAIOS-CNRS, Paris - França. Já foi Vice-Presidente da INTERCOM (2011-2014) e Diretora Científica (2009-2011) e Presidente da INTERCOM (2014-2017). 

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Publicado

2023-08-30

Como Citar

Barbosa, M. (2023). Diáspora, ancestralidade e o legado de Lima Barreto: Imprensa e políticas de esquecimento. ALCEU, 23(49), 5–20. https://doi.org/10.46391/ALCEU.v23.ed49.2023.320

Edição

Seção

Artigos