Diáspora, ancestralidade e o legado de Lima Barreto
Imprensa e políticas de esquecimento
DOI:
https://doi.org/10.46391/ALCEU.v23.ed49.2023.320Palavras-chave:
Lima Barreto, Raça, Imprensa, Rio de janeiroResumo
O artigo procura demonstrar como Lima Barreto destacou em sua obra a questão dos preconceitos a que esteve submetido enquanto viveu, em função de sua condição de raça e classe. Por meio de vestígios da imprensa da época (1910–1922), mostra também como os jornais submeteram o escritor, no período, a uma cruel política de esquecimento e, sobretudo, de desqualificação. Ademais, busca, seguindo a trajetória de vida de Lima Barreto, responder à pergunta: o que era ser um intelectual negro, morador do subúrbio, sem carregar nenhum dos itens da distinção necessária aos letrados do período, há menos de duas décadas do fim da escravidão? O artigo presta ainda uma homenagem ao escritor, pois em 2022 ocorre o centenário de sua morte.
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