A montagem crítica em Jonathan Perel
Paisagem e memória da ditadura argentina no filme Toponímia
DOI:
https://doi.org/10.46391/ALCEU.v24.ed54.2024.437Palavras-chave:
Paisagem, Memória, Cinema argetinoResumo
O artigo analisa a montagem crítica no filme Toponímia (2016), do cineasta argentino Jonathan Perel, no qual temas como paisagem, memória e a última ditadura militar da Argentina (1976–1983) são analisados através de uma reflexão crítica sobre a violência do Estado e o papel do espaço como portador de trauma histórico. Perel investiga quatro pequenas vilas na província de Tucumán, construídas pelo regime militar como parte de uma estratégia de contra-insurgência. O filme utiliza tomadas longas e estáticas dessas paisagens, desprovidas de presença humana, acompanhadas por documentos oficiais que destacam a repressão do regime contra os trabalhadores e o envolvimento profundo dos militares na formação desses espaços. A ausência de um narrador guiando a narrativa permite que os espectadores confrontem a paisagem como monumento, transformado pela montagem crítica de Perel em uma espécie de contra-memória.
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Filmografia:
PEREL, J. Toponimia (2016)
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