Representações em diálogo nos curtas-metragens em São Paulo e Paris

O direito simbólico à cidade a partir de territórios periféricos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46391/ALCEU.v25.ed55.2025.454

Palavras-chave:

Representação, Território, Periferias, Brasil e França, Curta-metragem

Resumo

Este artigo tem, por objetivo, analisar as representações das cidades mobilizadas em curtas-metragens produzidos nas periferias das cidades de São Paulo e de Paris. Para isso, considera as noções de territórios físicos e simbólicos e discute, a partir do audiovisual, o direito à cidade e à circulação dos corpos no espaço urbano. Ao refletir sobre as semelhanças e diferenças nos filmes realizados por jovens recém-formados em cursos técnicos de audiovisual em ambas as cidades, busca um possível diálogo entre conjuntos de produções recentes que se propõem, a partir do território de origem, enquadrar mundos possíveis e reivindicar a possibilidade de imaginar novos futuros. A pesquisa aborda, de maneira mais ampla, a perspectiva política desses objetos culturais, atravessados pelas temáticas de gênero e sexualidade, raça e etnia, em diálogo com uma produção recente no audiovisual.

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Biografia do Autor

Eduardo Paschoal de Sousa, Universidade de São Paulo - USP

Possui doutorado em Meios e Processos Audiovisuais na Escola de Comunicação e Artes da USP, com bolsa Fapesp. Realizou doutorado sanduíche na Université Sorbonne Nouvelle - Paris 3 (bolsa BEPE-Fapesp). Possui mestrado pela ECA/USP. É graduado em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo também pela ECA/USP (2011). Durante a graduação, realizou intercâmbio na Université Lumière Lyon II (Lyon, França), onde estudou cinema documentário e narrativa cinematográfica.

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Publicado

26.05.2025

Como Citar

Paschoal de Sousa, E. (2025). Representações em diálogo nos curtas-metragens em São Paulo e Paris: O direito simbólico à cidade a partir de territórios periféricos. ALCEU, 25(55), 147–165. https://doi.org/10.46391/ALCEU.v25.ed55.2025.454

Edição

Seção

O mundo (re)visto: estéticas geopolíticas em um cinema policêntrico