Da mimese ao mundo fechado

a IA generativa e a abstração da realidade em Trump’s Gaza

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46391/ALCEU.v25.ed55.2025.456

Palavras-chave:

Inteligência Artificial Generativa, Visualidade Algorítmica, Pós-Imagens

Resumo

Investigando de que modo as imagens produzidas pela IA se relacionam com o mundo e que tipo de realidade constroem, este artigo discute como a IA generativa elabora imagens plausíveis por meio de modelos probabilísticos que sintetizam padrões de vastos bancos de dados, sem vínculo com eventos concretos. A partir de Baudrillard, Barthes, Flusser, Edwards e Lemos, sustenta-se que essas criações inauguram um novo regime em que o realismo é definido pela coerência algorítmica, e não pela captura óptica. Para ilustrar esse debate, o estudo de caso de um vídeo postado na conta oficial de Trump – retratando uma Gaza “paradisíaca” sob um viés capitalista – exemplifica a construção de uma narrativa hiperrealista, na qual a manipulação via IA simula uma realidade alternativa que se apresenta como natural e inevitável. Em última instância, o artigo questiona as implicações de um sistema autorreferencial que desafia as categorias tradicionais de representação e autenticidade.

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Biografia do Autor

Marcio Telles, Universidade Estadual do Paraná - Unespar

Professor adjunto do Bacharelado em Cinema e Audiovisual e do Mestrado em Cinema e Artes do Vídeo na Unespar (Cinema e Audiovisual). Doutor e mestre em Comunicação (UFRGS), realizou estágio PDSE na Winchester School of Art (Reino Unido) e pós-doutorado na Faculdade Cásper Líbero. Recebeu o Prêmio Compós (2014). Investiga tecnologias de imagem, suas estéticas e seu impacto na cultura visual.

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Publicado

26.05.2025

Como Citar

Telles, M. (2025). Da mimese ao mundo fechado: a IA generativa e a abstração da realidade em Trump’s Gaza. ALCEU, 25(55), 50–69. https://doi.org/10.46391/ALCEU.v25.ed55.2025.456

Edição

Seção

O mundo (re)visto: estéticas geopolíticas em um cinema policêntrico