Relendo a Gazeta do Rio de Janeiro
Ao primeiro jornal do Brasil, o que lhe é de direito
DOI:
https://doi.org/10.46391/ALCEU.v22.ed46.2022.65Palavras-chave:
Gazeta do Rio de Janeiro, História da comunicação, Análise do discursoResumo
O periódico Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro produzido no Brasil regularmente, foi um dos objetos historiográficos mais maltratados pela historiografia da comunicação do século XX. Lido pelos olhos do debate político, foi reduzido a um irrelevante propagador da vida e dos valores da monarquia portuguesa, de baixo interesse e pouco interessante. Estes olhares tocaram o objeto de fora, o julgaram por fatores externos como sua vinculação ao rei. Periódico monárquico, foi lido pelos olhos da República. Resgatado pela historiografia atual, tem sido relido pelo seu papel em si, não pelo papel que o presente esperava, cronocentricamente, que ele desempenhasse. Com uma abordagem focada na materialidade discursiva e destrinchando suas condições reais de existência e de operação comunicacional, este artigo olha para dentro, sem julgar, tentando entender a Gazeta e sua relevância inegável no seu tempo, até por sua durabilidade e pelo tipo de imprensa que engendrou no Brasil.
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