El sueño como imagen, la imagen como sueño

En torno a Mãri hi - El árbol de los sueños

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.46391/ALCEU.v25.ed55.2025.460

Palabras clave:

Sueño, Davi Kopenawa, Yanomami, Cine indígena

Resumen

Este artículo analiza Mãri Hi - El árbol de los sueños, de Morzaniel Ɨramari Yanomami, como una película que opera bajo el régimen sensible del sueño. Partiendo de la noción de Utupë, analizamos cómo las imágenes de la película no se limitan a la figuración, sino que manifiestan presencias que nos interpelan desde una dimensión invisible. La voz de Davi Kopenawa sitúa la experiencia cinematográfica en el marco del pensamiento yanomami, en el que, en su dimensión ontológica y transitiva, los sueños son un medio de conocimiento y relación con otros seres, humanos, animales, plantas y extrahumanos. El artículo propone una lectura de la película que considera el sueño no como representación, sino como principio estructurador de su forma sensible y expresiva. Mãri hi se aborda desde el punto de vista del encuentro entre la máquina fenomenológica del cine y la máquina chamánica yanomami, en imágenes que se ven, que nos miran y así nos hacen ver.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

André Brasil

Professor do Departamento de Comunicação da Universidade Federal de Minas Gerais, integra o corpo docente permanente do Programa de Pós-Graduação. Pesquisador do CNPq, participa do Grupo Poéticas da Experiência (CNPq/UFMG) e da equipe de editores da Revista Devires - Cinema e Humanidades. Atualmente, integra o Comitê Pedagógico de Formação Transversal em Saberes Tradicionais na UFMG. Desenvolve pesquisas no domínio do cinema e do cinema documentário, com atenção à produção de filmes por diretores e coletivos indígenas.

Laura Portugal, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Jornalista e mestranda em Comunicação Social pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

Citas

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Cultura com aspas. São Paulo: Cosac Naify, 2009.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Diante da imagem. Tradução de Paulo Neves. 1. ed. São Paulo: Editora 34, 2013.

GARCIA DOS SANTOS, Laymert; SENRA, Stella. Xapiri e a imagem‑eco do xamanismo. In: Catálogo do Forumdoc.br: 16º Festival de Filme Documentário e Etnográfico – Fórum de Antropologia e Cinema. Belo Horizonte: Associação Fundo de Quintal, 2012.

GIL, José. Metamorfoses do corpo. Lisboa: Relógio D’Água, 1997.

GUIMARÃES, César. A estética que vem. Trabalho apresentado ao GT “Comunicação e experiência estética” do XXVI Encontro Anual da Compós, São Paulo, Faculdade Cásper Líbero, 6–9 jun. 2017.

KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. Tradução de Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

KUIKURO, Takumã; KUIKURO, Maricá. Nguné Elü – O dia em que a lua menstruou [filme]. Brasil: Vídeo nas Aldeias, 2004. 28 min.

LIMULJA, Hanna. O desejo dos outros: uma etnografia dos sonhos yanomami. 154 f. Tese (Doutorado em Antropologia) — Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2019.

______. O desejo dos outros: uma etnografia dos sonhos yanomami. São Paulo: Ubu, 2022.

Mãri Hi - Árvore do Sonho. Morzaniel Ɨramari Yanomami. 2023. (17 min).

OROBITG, Gemma. Para além do sonho e da vigília: o sonho ameríndio e a existência. Revista de Antropologia, v. 65, n. 3, e185870, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2022.206557. Acesso em: 8 mar. 2025.

OVERING, Joanna. The shaman as a maker of worlds: Nelson Goodman in the Amazon. Man, New Series, v. 25, n. 4, dec. 1990, pp. 602-619.

ROMERO, Roberto. Numa terra estranha: sonho, diferença e alteração entre os Tikmũ’ũn (Maxakali). Revista de Antropologia, v. 65, n. 3, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.11606/16789857.ra.2022.195930. Acesso em: 8 mar. 2025.

SCHEFER, Raquel. The Laughing Alligator, de Juan Downey: O desejo de ser ‘comido por um Índio da Floresta Amazónica’. Notas sobre Cinema e Antropologia. In: Atas do VI Encontro Anual da AIM, editado por Paulo Cunha, Susana Viegas e Maria Guilhermina Castro, 92-104. Lisboa: AIM, 2016.

SHIRATORI, Karen. Tempo e evento na onirocrítica ameríndia: um balanço bibliográfico. Revista de Antropologia (São Paulo, Online), v. 65, n. 3, e195928, 2022. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/195928/190270. Acesso em: 8 mar. 2025.

TAUSSIG, Michael. As estórias que as coisas contam e por que elas contam. Tradução de Felipe Neis Araujo. Revista Gesto, Imagem e Som, São Paulo, v. 6, n. 1, e174741, 2021. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/gis/article/view/174741. Acesso em: 8 mar. 2025.

_______. A Lesson in Looking and Laughter: Juan Downey’s Amazing Yanomami Video, The Laughing Alligator. In: Valérie Smith (ed.). Juan Downey: The Invisible Architec. New York and Cambridge: Bronx Museum of the Arts/MIT Lis Visual Arts Center, 2011, p. 41–52.

VALENTIM, Marco Antonio. Sonho de fogo: a cosmologia onírica de Davi Kopenawa. Revista Peri, Florianópolis, v. 13, n. 2, 2021. Disponível em: https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/peri/article/view/5217. Acesso em: 8 mar. 2025.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Prefácio. In: KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. Tradução de Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac Naify, 2002.

Publicado

2025-05-26

Cómo citar

Brasil, A., & Portugal, L. (2025). El sueño como imagen, la imagen como sueño: En torno a Mãri hi - El árbol de los sueños. ALCEU, 25(55), 14–31. https://doi.org/10.46391/ALCEU.v25.ed55.2025.460

Número

Sección

O mundo (re)visto: estéticas geopolíticas em um cinema policêntrico